GreenTASTE
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AcrónimoGreenTASTE
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Site
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Fontes de financiamentoPDR 2020, Portugal 2020, FEADR
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Referência do ProjetoPDR2020-1.0.1-FEADER-031504
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Período do projeto2016-2021
Espiralpixel Lda; Fruto Maior, Organização de Produtores Hortofruticolas Lda; Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária IP; Instituto Superior de Agronomia; Italagro-Indústria de Transformação de Produtos Alimentares, SA.; Memória Silvestre, Lda.; Sociedade Agrícola Ortigão Costa, Lda; Sociedade Agro-Pecuaria do Vale Da Adega S.A.; Soluzer - Sociedade Agricola, Lda; Tomaterra - Organização de Produtores de Tomate Crl
No tomate selecionado para concentrado destaca-se a cor vermelha acentuada no exterior e na polpa. Esta seleção inicia-se no processo de apanha, nas próprias máquinas de colheita que detetam e separam o tomate a partir da cor exterior. Estudos realizados pelo CCTI (Centro de Competências para o Tomate de Indústria) na campanha de 2015, estimaram que as máquinas de colheita deixam nos campos uma média de 6 toneladas de tomate verde por hectare. Uma extrapolação simples (o setor envolve cerca de 18.800 ha) indica que poderão ter sido deixadas no terreno mais de 112 mil toneladas de tomate verde só na última campanha. A presente proposta centra-se na oportunidade de valorizar, na cadeia alimentar, o referido tomate verde não colhido, através da criação de um novo produto. Os resultados previstos nesta proposta visam criar um fermentado láctico (tipo Chucrute) que servirá de base para o desenvolvimento industrial (não previsto no projeto) de novos molhos e temperos. As linhas de experimentação consideram o conhecimento adquirido em projetos de investigação anteriores (nacionais e internacionais), os quais abrirão o potencial de utilização, na indústria alimentar, das coleções de bactérias lácticas existentes no INIAV. Por seu lado, integra ainda as experiências em microbiologia e desenvolvimento de produtos alimentares do ISA. Estas colaborações enquadramse na Agenda de Inovação para o setor de acordo com a alínea a) do art.3 da portaria 402/2015 e em articulação com organizações de produtores e empresas de referência na fileira de Tomate-indústria. Assim, visa-se aproveitar economicamente uma matéria-prima alimentar (que não contactou nem sofreu qualquer processo não autorizado para a alimentação humana), e transformá-lo num preparado de valor acrescentado enquadrado no capítulo 20 do anexo I ao tratado da UE. Os resultados previstos têm um efeito mobilizador noutras regiões e áreas das ciências agrárias.
O tomate-indústria (TI) tem uma forte representação no sector agrícola mediterrânico, sendo um dos poucos alimentos considerado como “European global food” (Def. a Europa é um dos 2 maiores produtores mundiais, e o alimento em questão consome-se em todos os continentes). Assim, pretende-se criar o conhecimento necessário para definir e estabilizar a produção indústrial de uma nova base alimentar, com potencial para a indústria de molhos e temperos. Esta base deverá surgir da fermentação láctica, controlada, de tomate não amadurecido. Em acordo com as preocupações globais de “intensificação sustentável”, ambicionase o combate ao desperdício alimentar, e respetivas implicações ambientais (a montante e jusante).
Assim, prevê-se a otimização de recursos e contribuir para a mitigação da escassez de alimentos. Esta é uma proposta atual, uma vez que as preocupações da indústria alimentar incluem o desenvolvimento de novos alimentos, podendo estes conter ainda ingredientes promotores de saúde, conferindo-lhe um carácter funcional. Como consequência positiva desta iniciativa, pretende-se numa fase posterior vir a desenvolver novos produtos alimentares com características funcionais e/ou nutracêuticas. Numa visão socioeconómica ambiciona-secontribuir para a disponibilização no mercado de novos produtos de valor diferenciado, que acrescentem mais-valias aos atores deste sector, os produtores nacionais de tomate e a indústria agroalimentar.
Em curso
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