Nutrição e fertilização do pinheiro manso em sequeiro e regadio
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AcrónimoFERTIPINEA
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Site
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Fontes de financiamentoPDR 2020
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Referência do ProjetoPDR2020-1.0.1-FEADER-031335
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Período do projeto2016-2021
Anta de Cima – Sociedade Agrícola, Unipessoal Lda; Herdade da Abegoaria – Sociedade Agrícola Lda; ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas I.P.; Instituto Superior de Agronomia; Luís Filipe Bual Falcão da Luz; Pedro Miguel Belo Ramos Courinha Martins; Pedro Sacadura Teixeira Cabral Duarte da Silveira; Sociedade Agrícola Monte da Sé Lda.; UNAC – União da Floresta Mediterrânica; Universidade de Évora; Viveiros da Herdade da Comporta – Produção de Plantas Ornamentais Lda.
O pinheiro manso (Pinus pinea L.) ocupa em Portugal cerca de 176000 ha, tendo sido a espécie florestal que, de acordo com o inventário florestal nacional, apresentou nos últimos cinco anos o maior incremento (54%) na área arborizada (ICNF, 2013). As zonas de maior produção de pinha concentram-se no Alentejo Litoral e Ribatejo, onde esta assume uma grande fonte de rendimento para os empresários florestais. O aumento recente da área arborizada revela o interesse que esta espécie tem suscitado junto dos proprietários e resulta das medidas implementadas pelos vários Quadros Comunitários de Apoio para instalação de novos povoamentos. Estas medidas vieram contribuir para alterar a composição e estrutura do pinhal manso, surgindo povoamentos equiénios, com densidades mais elevadas e puros, em que o pinhão se tornou o principal produto da exploração. Existem, no entanto, acentuadas variações anuais na produção de pinha, reconhecidas como ciclos de safra e de contra safra, o que suscita grande preocupação nos agentes da fileira. A ausência de conhecimento dos fatores específicos que determinam estas variações requer que se efetue a avaliação dos fenómenos reprodutivos e se estabeleça a sua relação com os diferentes fatores ambientais e culturais, nomeadamente os que influenciam o estado nutricional e hídrico das árvores. O interesse suscitado pelos produtores na aplicação de fertilizantes e de água aos povoamentos de pinheiro manso para aumentar a produção de pinha e regularizar a sua variabilidade interanual, bem como a falta de informação nestas matérias justifica a necessidade em desenvolver trabalho experimental nas principais regiões de proveniência, abrangendo povoamentos com características representativas, não só em termos de condução como também de condições edafoclimáticas. Descritores: Floresta; Pinheiro Manso; Regadio; Fertilização; nutrição
"Com o presente Grupo Operacional (GO) pretende-se dar resposta às preocupações da fileira definidas na Agenda Portuguesa de Investigação no Pinheiro manso e Pinhão, nomeadamente quanto à nutrição, fertilização e rega. Constitui objetivo geral deste GO obter informação que permita a elaboração de recomendações de fertilização racional para povoamentos de pinheiro manso, com base no estado de fertilidade do solo e de nutrição das árvores. O trabalho experimental e de demonstração a realizar no âmbito deste Plano de Ação (PA) tem como objetivos específicos: (1) definir as fertilizações a realizar à instalação de novos povoamentos de pinheiro manso de forma a corrigir, antes da plantação das árvores, algumas características do solo que possam prejudicar o desenvolvimento das plantas (como, por exemplo, o excesso de acidez ou os baixos níveis de fósforo e potássio disponíveis no solo); (2) estabelecer, para povoamentos na fase de produção de pinha, as fertilizações mais adequadas, quer em regime de sequeiro quer de regadio, com base nos resultados das análises de terra, foliar e, sempre que aplicável, da água de rega; (3) estabelecer valores de referência para interpretação dos resultados da análise foliar em pinheiro manso em produção, em época específica do seu ciclo, com vista a diagnosticar desequilíbrios nutricionais das árvores, suscetíveis de serem corrigidos através de fertilização racional; (4) validar critérios de oportunidade de rega para povoamentos em produção em função das fases mais criticas do ciclo vegetativo."
Em curso