Fonte: Agroportal
O presidente da empresa do Alqueva avisou hoje que esta albufeira, no Alentejo, tem água suficiente para entregar aos vizinhos espanhóis, mas vincou que “a manta é curta” e a que for transferida já não volta.
“A água não se multiplica. Se for para um lado, há menos garantia de que fica para servir clientes no futuro. A manta é curta. Ou tapa os pés ou a cabeça”, afirmou à agência Lusa José Pedro Salema, presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA).
Assinalando que os pedidos de água “são, sobretudo, conversas em Espanha a tentar influenciar a opinião pública e os decisores políticos”, o responsável frisou que o assunto “tem que ser tratado ao mais alto nível” entre os dois Estados e não “através dos jornais, nem entre associações, empresas ou autonomias”.
O presidente da EDIA foi hoje contactado pela Lusa, a propósito de notícias recentes, publicadas em Portugal, que dão conta de que o Parlamento Regional da Andaluzia, em Espanha, quer água do Alqueva devido à seca.
“A relação dos rios internacionais está protocolada na Convenção de Albufeira, que é até um exemplo de relação entre dois países relativamente à água e onde está muito bem definido quais os fóruns onde esses assuntos se decidem”, notou.
José Pedro Salema disse compreender os anseios das entidades da Andaluzia, devido à falta de água, pois os agricultores dessa região espanhola estão “a atravessar um momento de carência grave e veem uma relativa abundância do outro lado da fronteira”.
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