Fonte: Agroportal
Há anos, quando escrevia só sobre questões de ambiente, dediquei umas horas largas a discutir ignições e a sua relevância para a política de gestão do fogo (deixem-me insistir mais uma vez, as políticas de combate ao fogo florestal não me interessam muito, o que me interessa é a política de gestão do fogo, um instrumento de modelação da paisagem de primeira grandeza) e, para não me repetir, ponho aqui a pesquisa desse blog para “ignições” e quem tiver interesse que dê por lá uma volta, que eu já me cansei dessa discussão que voltou e entrar em força no debate público sobre fogos.
Se for mesmo obrigado a dizer qualquer coisa, eu diria que é útil haver menos ignições que mais ignições, do ponto de vista operacional, que isso até pode ser trabalhado nos dias de maior risco (os dias de maior risco em Portugal são 12 a 15 dias em que arde 80% da área anual, não vale a pena andar a fazer avisos mais ou menos para os outros 350 dias no ano), mas não é uma questão central no desenho de políticas para a convivência tranquila com o fogo.