Qual a capacidade de sequestro de carbono das principais espécies florestais portuguesas?
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Autor(es)Cristina Marques, Tânia Sofia Oliveira, Alexandre Gaspar, Ana Nery, Ana Quintela, Carlos Pascoal Neto, Carlos Valente, Catarina Gonçalves, Catarina Manta, Catarina Rebelo, Cláudio Teixeira, Daniela Ferreira, Filomena Henriques, João Ezequiel, João Melo Bandeira, José Luis Carvalho, José Vasques, Luís Machado, Luis Muñoz, Mariana Belo Oliveira, Mendes de Sousa, Nuno Borralho, Nuno Neto, Nuno Rico, Paula Guimarães, Paula Pinto, Pedro Costa Branco, Pedro Sarmento, Pedro Silva, Sérgio Fabres, Sérgio Maggiolli, Susana Morais e Susana Pereira
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Revista e nºFlorestas.pt
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Ano2023
As florestas plantadas de eucalipto e pinheiro-bravo destacam-se, em Portugal, pela capacidade de sequestro de carbono, tendo em conta os valores disponíveis para as principais espécies florestais. A renovação constante destas espécies (decorrente da exploração) permite a continuidade desta função e um efeito mitigador das alterações climáticas a curto prazo. A longo prazo, a manutenção de florestas de crescimento mais lento permite a acumulação de maior quantidade de carbono no solo.
Importa notar que a capacidade de sequestro de carbono depende de vários fatores, desde o tipo de solo e clima, à água disponível, para referir apenas algumas variáveis. A fixação de carbono depende ainda da taxa de crescimento das plantas, que varia entre espécies e ao longo da vida de cada uma. Assim, uma espécie de crescimento rápido pode sequestrar mais carbono anualmente, mas isto acontece durante menos tempo. Por outro lado, uma espécie de crescimento lento pode captar menos carbono anualmente, mas consegue fazê-lo ao longo de mais anos de vida.