Mais floresta significa menos carbono na atmosfera?
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Autor(es)Cristina Marques, Tânia Sofia Oliveira, Alexandre Gaspar, Ana Nery, Ana Quintela, Carlos Pascoal Neto, Carlos Valente, Catarina Gonçalves, Catarina Manta, Catarina Rebelo, Cláudio Teixeira, Daniela Ferreira, Filomena Henriques, João Ezequiel, João Melo Bandeira, José Luis Carvalho, José Vasques, Luís Machado, Luis Muñoz, Mariana Belo Oliveira, Mendes de Sousa, Nuno Borralho, Nuno Neto, Nuno Rico, Paula Guimarães, Paula Pinto, Pedro Costa Branco, Pedro Sarmento, Pedro Silva, Sérgio Fabres, Sérgio Maggiolli, Susana Morais e Susana Pereira
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Revista e nºFlorestas.pt
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Ano2019
As florestas são os ecossistemas terrestres com maior capacidade de sequestro de carbono. Mais floresta significa maior capacidade de capturar o dióxido de carbono (CO2) acumulado na atmosfera. Assim sendo, quanto maior a área de floresta, maior é o potencial para o sequestro e armazenamento do CO2.
Sendo o carbono o quarto elemento mais abundante no universo, é parte integrante da vida no nosso planeta. A sua quantidade na Terra é estável, mas o seu estado (orgânico ou inorgânico) e stocks alteram-se consoante se encontra no subsolo, solo, vegetação, oceano ou atmosfera. Estes reservatórios não são estanques: existem fluxos entre eles que se movem em ciclos rápidos (orgânicos, que resultam de trocas entre organismos vivos) e lentos (geológicos, ao longo de milhões de anos). Ainda assim, podemos considerar que cerca de 30% do carbono está retido no solo e aproximadamente mais um quarto (24%) nos oceanos. Os restantes 45% de carbono permanecem na atmosfera sob a forma de GEE.
A fotossíntese feita pelas plantas (terrestres e marinhas) e outros organismos fotossintéticos como as cianobactérias (bactérias que obtêm energia por essa via) é uma das formas de efetuar estas trocas, permitindo absorver o carbono da atmosfera. Inversamente, a respiração, decomposição (de vegetais, animais e micróbios) e combustão libertam carbono para a atmosfera.