O que significa carbono zero e neutralidade carbónica?
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Autor(es)Cristina Marques,Tânia Sofia Oliveira, Alexandre Gaspar, Ana Nery, Ana Quintela, Carlos Pascoal Neto, Carlos Valente, Catarina Gonçalves, Catarina Manta, Catarina Rebelo, Cláudio Teixeira, Daniela Ferreira, Filomena Henriques, João Ezequiel, João Melo Bandeira, José Luis Carvalho, José Vasques, Luís Machado, Luis Muñoz, Mariana Belo Oliveira, Mendes de Sousa, Nuno Borralho, Nuno Neto, Nuno Rico, Paula Guimarães, Paula Pinto, Pedro Costa Branco, Pedro Sarmento, Pedro Silva, Sérgio Fabres, Sérgio Maggiolli, Susana Morais e Susana Pereira
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Revista e nºFlorestas.pt
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Ano2021
Embora os termos sejam semelhantes, traduzem conceitos diferentes. Carbono zero significa que o bem ou serviço em causa foi produzido sem dar origem a qualquer emissão de carbono. Uma vez que boa parte dos processos, incluindo os biológicos, libertam carbono para a atmosfera (veja-se a respiração, que liberta dióxido de carbono), o conceito de carbono zero é praticamente inalcançável. Em alternativa definiu-se o conceito de neutralidade carbónica.
Chegar à neutralidade carbónica significa atingir o ponto de equilíbrio – ou seja, um balanço neutro ou balanço zero – entre as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) e o seu sequestro da atmosfera. As florestas desempenham um papel relevante nesta equação, pelo contributo que dão para o sequestro e o armazenamento de carbono – isto é, pelo seu papel como sumidouro de carbono -, mas não são suficientes para contrabalançar o total das emissões que resultam atualmente da atividade humana – gerados em praticamente tudo o que fazemos, desde a produção de energia aos transportes, indústrias, agricultura, resíduos…